A cura natural

“Oxalá que as humanitárias doutrinas expostas sinceramente neste livro, possam cair, como um bálsamo consolador, sobre as dores e mágoas dos que sofrem as misérias da vida actual”.
(Dr. Amílcar de Sousa no seu livro “A Saúde pelo naturismo”).

A doença deve-se considerar como um aviso. Quem está doente é porque infringiu as lais naturais.

Quando a mutação celular é normal. Há saúde. Se, porém, esse fenómeno biológico se faz em condições deficientes, aparece a doença.

Pode definir-se doença num período de transformação orgânica mórbida.

Quando alguém adoece ou vive doente, é porque a sua existência não tem sido conforme às leis vitais; e, seja qual for a causa, o que é necessário é modificar o terreno – o sangue, onde reside a vida.

A medicina, ensinada pelos livros nas faculdades, presta grande interesse aos agentes externos e internos (microbianos), mas importa-se pouco com o grau de pureza do sangue, líquido que é preciso conservar o mais possível perfeito, para que se nutram bem as células.

Geralmente, os médicos preocupam-se em fazer abafar com remédios químicos e orgânicos os sintomas.

Qualquer que seja a manifestação patológica, por este ilógico sistema de curar, é alterada ou mesmo suprimida muitas vezes.

Nada, porém, mais efémero. Os tóxicos, de que o sangue dos doentes está acumulado, vão-se depositar aqui ou ali, neste ou naquele órgão ou aparelho, mais cedo ou mais tarde.

Conforme o nosso sangue, assim nós seremos. E, como o sangue é formado pelo alimento, assim como este for, será aquele.

Libertar o sangue de todas as substâncias estranhas e perturbadoras, deve ser o cuidado de todas as pessoas que amem o bem-estar e o dos seus.

O problema cifra-se em ministrar ao doente alimentos, os mais higiénicos possível. Ninguém discute que o ar contaminado é mau.

Deve viver-se sempre ao ar livre, e, quando em casa, com as janelas abertas.

Como a pele também respira pelos seus milhões de poros, é conveniente tomar banhos de ar, de sol, de luz e de água.

Por outro lado, não há quem conteste que a única bebida pura é a água das nascentes cristalinas.

Sobre a questão dos alimentos o homem está muito habituado a viver fora das leis da natureza. Come carne, peixe, crustáceos…, tudo cozinhado, assim como vegetais alterados pelo fogo.

Porém, o sangue só melhora desde que os tóxicos diminuam e os alcalóides naturais dados pelas plantas e frutos crus sejam incorporados nas células sanguíneas e vão a todo o organismo.

Assim é que se faz uma cura radical. Dê-se ao doente ar puro e alimentos puros, bem como exercício ou descanso conveniente e ajustado.