Causas da doença de Alzheimer

Não se conhecem. Identificaram-se, em troca, factores de risco.

Idade. Predisposição genética – Nos últimos anos identificaram-se determinados tipos genéticos – os denominados genotipos – que conferem à pessoa portadora uma predisposição por vezes muito elevada, para vir a sofrer da doença, sobretudo se viver o tempo suficiente. Assim, se bem que uma pessoa tenha um genotipo de alto risco, se morre precocemente, por exemplo aos 60 anos, não chegará a ter a doença.

Embora seja verdade que ter um familiar em primeiro grau com a doença, pode supor um maior risco no futuro, em comparação com a população normal, não se pode considerar que a doença de Alzheimer seja uma enfermidade hereditária, da maneira que classicamente se entende.

São muito raros os casos de famílias afectadas por uma mutação genética transmissível: Nestas condições sim, é hereditária a doença. Nos restantes casos, há que insistir em que se herda um risco genético de predisposição; só isso.

O gene implicado melhor conhecido é o da apolipoproteína E (apoE). Os portadores, pouco frequentes, dum determinado genotipo da apõe, têm um risco superior a 90% de vir a padecer da doença. Outro factor conhecido de risco, em relação a factores genéticos, é ter na família pacientes com a síndroma de Down ou mongolismo.

Outros factores de risco de menor relevância são:

Sexo feminino: a afectação aproximada é de 3 para 1.

Antecedentes de traumatismo craniano.
Debateu-se muito sobre ter um nível de educação baixo favorece o aparecimento da doença. Tão-pouco a possível relação estaria clara. Estilo de vida?

Factores de risco vascular. Os mesmos factores que podem facilitar o aparecimento de ictus ou doença isquémica coronária (hipertensão arterial, diabetes, elevados níveis de colesterol e tabagismo) parecem aumentar também o risco de vir a sofrer da doença,de Alzheimer.

Factores que, segundo alguns trabalhos, poderiam proteger face ao aparecimento da doença:
Ter consumido medicamentos anti-inflamatórios durante bastante tempo. Isto foi dito a partir de estudos epidemiológicos levados a cabo depois de se comprovar que, pacientes com determinadas doenças reumáticas, e que tinham sido tratados com anti-inflamatórios, tinham menor incidência da doença de Alzheimer do que corresponderia por grupo etário. Esta conclusão fez com que se ponham em marcha estudos para comprovar se os anti-inflamatórios podem exercer um efeito preventivo ao até terapêutico sobre a doença.

Também depois de se ter observado que as mulheres que tinham recebido tratamento hormonal substitutivo depois da menopausa, pareciam menos propensas a sofrer da doença, ou apresentá-la mais tardiamente; está a investigar-se o possível efeito protector ou terapêutico da administração pós-menopausa de estrogénios.