Estádios de deterioração na doença de Alzheimer

I – Não há empobrecimento intelectual. Estado clínico de normalidade.

II – Empobrecimento intelectual ligeiro. Início da amnésia. O doente sofre duma inquietação justificada porque se apercebe da sua perda de memória, se bem que ainda ligeira.

III – Empobrecimento intelectual ligeiro. Além de que sofre de dois destes factores:

• O doente perde-se na sua envolvência
• Diminui o seu rendimento laboral.
• Sente dificuldades para encontrar a palavra adequada.

Alzheimer
• Dificuldades para recordar o nome das pessoas que acaba de conhecer.
• Incapacidade para reter um texto lido.
• Perda de algum objecto de valor.
• Dificuldade de concentração

Não se pode diagnosticar o estádio de demência sem antes fazer uma série de exames e testes neuropsicológicos.

IV – Empobrecimento intelectual moderado
• Está menos ao corrente da actualidade.
• Não se lembra de acontecimentos da sua vida.
• A concentração está afectada durante os testes.
• Dificuldade em ir passear só e auto gerir-se.

Como norma geral, neste estádio o doente nega o processo.

V – Empobrecimento intelectual bastante grave. Demência inicial, o indivíduo perde a autonomia, precisa sempre de alguém. Dificuldade para contar de 4 em 4 a partir de 40 e de 2 em 2 a partir de 20.

VI – Empobrecimento intelectual grave. Demência demonstrável
• Pode esquecer o nome do cônjuge.
• Dificuldades para contar ao contrário, de 10 a 0 ou, por vezes, de 0 a 10.
• Pode ficar incontinente.
• Depende dos demais para as actividades quotidianas.
• Sabe o seu nome e pode distinguir seus familiares das demais pessoas.
• Pode apresentar alucinações, agressividade e ansiedade.

VII – Empobrecimento intelectual muito grave. O doente não é capaz de desenvolver as suas capacidades cognitivas, sofre de incontinência, mutismo e dependência total.

Degeneração neurofibrilar de Alzheimer (DNF)
Mediante o microscópio fotonico observaram-se fibrilos anómalos nos neurónios, em forma de chamas, bolas e triângulos, que deformam o neurónio, assim como o seu núcleo. Isto explica-se pela agregação de proteínas desnaturalizadas de origem desconhecida. A presença de proteínas “Tau” desempenha um papel principal na degeneração neuronal, já que a fosforilação poderá ser por causa da DNF.

Placas senis
Estão situadas nas zonas corticais e compõem-se dum centro amilóide. A substância amilóide é um polipéptido cuja estrutura é um receptor de membrana de superfície glucosilada e cuja síntese é regida no cromossoma 21. Os depósitos iniciais deste péptido não são de natureza fibrilar, mas transformam-se progressivamente, dando lugar às placas de amilóide.
As diferentes mutações no gene, para a proteína percursora do amilóide em famílias com este mal, levaram a postular que os depósitos extra neuronais do amilóide beta constituem um evento precoce na patogenia da doença. No entanto, não existe um consenso de como o depósito de amilóide no cérebro conduz à demência.