Farmacoterapias para a doença de Alzheimer - I

No mesmo estudo, a inclusão da terapia de estrogéneo melhorou os benefícios da tacrine, cujos efeitos colaterais típicos incluem diarreia e náuseas.

O donozepil parece ser melhor tolerado e pode ser mais eficaz para mais pessoas.

Tão-pouco parece ser tão nocivo para o fígado como a tacrine, sobre a qual se descobriu exercer efeitos severos quando administrada em altas doses.

A descontinuidade do medicamento reverte os problemas hepáticos.

Outros medicamentos protectores colinérgicos, que são promissores em ensaios, incluem um determinado número de medicamentos, entre os quais o piracetan.

Vários especialistas objectam o desenvolvimento de medicamentos que afectam o sistema colinérgico, já que tais medicamentos, no melhor dos casos, só desaceleram a progressão, mas nunca chegarão a curar a doença.

Dado que o processo inflamatório pode desempenhar importante papel na doença de Alzheimer, estudam-se vários medicamentos anti-inflamatórios.

Os não esteróides estão sob escrutínio intenso. Os corticosteróides são os medicamentos com mais frequência prescritos, mas o uso a longo prazo, na realidade, podem causar perda de memória e não parecem afectar as prostaglandinas, substâncias que parecem ser factores no desenvolvimento da doença de Alzheimer e que os anti-inflamatórios não esteróides tentam combater.

Parece que a terapia de substituição de estrogéneos desacelera a progressão e inclusive previne a doença de Alzheimer, criando assim interesse noutras possíveis terapias hormonais.

A dihydroepiandosterona, uma hormona sexual que alcança o seu ponto máximo na juventude e diminui com a idade, mostrou algum benefício na memória em estudos com animais.

Os investigadores esperam poder desenhar compostos que imitem os efeitos protectores do estrogéneo contra a doença, sem efeitos colaterais afeminadores.