Funcionamento de moléculas

Uma estratégia comum no desenvolvimento de fármacos para doenças neurodegenerativas é procurar moléculas que evitem a formação de agregados de proteínas ou que possam desfazê-los.

Investigadores da Universidade da Califórnia, S. Francisco, descobriram uma característica importante no modo em que funcionam essas moléculas que evitam a acumulação de proteínas amilóides, uma das características mais importantes mostradas pelas doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.

O estudo, publicado na edição digital da revista Nature Chemical Biology, analisa o modo em que os inibidos de proteínas funcionam e seus resultados poderiam ter grandes implicações no desenvolvimento de fármacos para tratar estas doenças.

Várias doenças neurodegenerativas poderiam ser causadas pelo agrupamento de várias proteínas em grandes cúmulos de proteínas desordenadas, conhecidos como fibrilos.

Uma estratégia comum para tentar descobrir curas para estas doenças, é procurar moléculas que evitem a formação destes fibrilos ou que possam desfazê-los.

Os investigadores, dirigidos por Brian Shoichet, demonstram que as moléculas que foram identificadas na investigação, actuam de forma inusual, já que formam agregados que actuam sobre a s proteínas, para evitar que se aglomerem de forma indesejada.

Os autores também descobriram que outros componentes não identificados antes como inibidores amilóides, mas conhecidos por formarem agregados, também evitam que as proteínas se aglutinem.

Este resultado requererá uma revisão do modo de operar no desenvolvimento nos fármacos que se aproximam da doença de Alzheimer.