Hereditariedade

Uma investigação sobre os factores genéticos foi a apolipoproteína apo E4, um subtipo de apo E, que desempenha um papel no movimento e distribuição do colesterol das células nervosas em reparação durante o desenvolvimento e depois duma lesão, indica que o factor genético é determinante no aparecimento desta doença.

O gene apo E surge em três tipos possíveis: apo E2, apo E3 e apo E4: as pessoas herdam uma cópia dum tipo de cada pai.

Outra investigação identificou anormalidades genéticas na mitocôndria (a fonte de energia dentro das células) em cerca de 20% das pessoas com a doença de Alzheimer de início tardio: este defeito genético é transmitido só pela mãe – não pelo pai.

Os factores genéticos desempenham uma função principal, mas não oferecem uma resposta completa no que respeita ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. Também parece que os factores do meio ambiente exercem algum efeito.

Um estudo recente indica que os factores de risco da doença de Alzheimer podem ser diferentes nas mulheres e nos homens. Os homens correm um risco maior de desenvolver a doença. A terapia com estrogénio pode ajudar a proteger as mulheres mais velhas.

Uma lesão na cabeça pode acelerar o desenvolvimento da doença de Alzheimer nas pessoas que já são mais susceptíveis à doença.

Alguns estudos (não todos) encontraram uma ligação entre a arteriosclerose – o endurecimento das artérias – e a doença de Alzheimer, em particular entre as pessoas portadoras do gene apo E4.

Cada vez mais alguns estudos afirmam que o estrogénio protege contra a doença e o funcionamento mental reduzido, normalmente associado com a velhice. Vários estudos concluíram que as mulheres que estão a fazer tratamento de substituição de hormonas (em várias combinações) têm melhores resultados em exames da memória e aprendizagem, que as que não o fazem.

Dois estudos recentes concluíram que as mulheres que faziam tratamento de substituição hormonal corriam um risco reduzido da doença de Alzheimer, e num outro estudo, o risco foi inferior em 60%.

O tratamento do estrogénio pode inclusive ajudar as mulheres com a doença de Alzheimer existente; um estudo concluiu que as mulheres com a doença entre leve ou moderado, mostraram melhor funcionamento mental depois de tomarem estrogénio; e outro relatou menos evidência de Alzheimer nos cérebros das mulheres que faziam tratamento com estrogénio que nas que não o faziam.