Subsistência

Toda a doença crónica subsiste, porque subsistem as causas que a fizeram crónica. Vão-se eliminando as causas, e a doença vai também desaparecendo.

Não se imagine difícil quebrar com os hábitos. Basta obter a convicção e encarar sinceramente o problema.

Favoreçam-se as funções, estimule-se a reacção curativa, modifique-se a nutrição.

Sem dúvida que, pela causa natural, não se pode levantar quem esteja já perto do limite da vida.

Mas, metade dos doentes que há pelo mundo, nos hospitais e nas casas domiciliárias, sairia da cama curada, ou em via de cura, desde que os resultados do naturismo fossem conhecidos ou bem divulgados. O que falta é ler, estudar, compreender a natureza.

Os homens do século andam todos coagidos pela febre das descobertas, no efémero jogo dos prazeres de toda a sorte que arruínam o corpo.

Só pelo auxílio da razão e pelo esforço do raciocínio a humanidade poderá abraçar o naturismo.

Como terapêutica, a natural é excelente e maravilhosa.

Temos assistido a verdadeiras ressurreições, e o que é mais interessante, para provar a unidade da doença, é que todos os doentes foram tratados por uma unidade de curar.

A denominação usada de todas as doenças é mais uma menos que devida à predominância deste ou daquele sintoma, neste ou naquele local.

A normalidade está no sangue que conserva nas células materiais impróprios.

Procure-se pelos meios naturais, aproximar o sangue da justa proporcionalidade, e assim se obterá a eliminação de todos os sintomas.

A doença é uma advertência de que se segue um caminho contrário à verdade.

Aproxime-se cada qual das justas regras de viver, e será necessariamente recompensado.

Adquirido com boa vontade o hábito e o costume da higiene, alcançar-se-á a saúde perdida.