Resumindo

A adaptação é uma maneira de ser de todos os processos orgânicos e mentais. Não é uma entidade.

Corresponde ao agrupamento automático das nossas actividades pela forma mais propícia a assegurar o melhor possível a vida do indivíduo. A adaptação é essencialmente teleológica.

É graças a ela que o meio interno se mantém constante, que o corpo conserva a sua unidade, que se cura das doenças.

É tão indispensável como a nutrição, da qual é um aspecto.

Contudo, na organização da vida moderna, não se teve em conta esta tão importante função.

O seu uso foi quase completamente suprimido. Resultou daí uma deterioração do corpo, e sobretudo da consciência.

Esta forma de actividade é necessária ao perfeito desenvolvimento do ser humano.

A sua carência implica, com efeito, a das funções nutritivas e mentais, das quais não é separável.

Graças a ela, os processos orgânicos movem-se ao ritmo do tempo fisiológico e ao das variações imprevistas do meio externo.

Cada modificação desse meio provoca uma resposta de todos os nossos órgãos.

Esses movimentos de grandes sistemas funcionais manifestam a apreensão pelo homem da realidade exterior, amortecendo os choques materiais que se cessar recebemos.

Não só permitem durar, como são ainda os agentes da nossa formação e do nosso aperfeiçoamento.

Têm uma característica de capital importância: a de serem postos em movimento por factores químicos, físicos e fisiológicos, que manejam com facilidade.

Possuímos, portanto, o maravilhoso poder de intervir com sucesso no desenvolvimento das actividades orgânicas e mentais.

É assim que o conhecimento dos mecanismos da adaptação nos permitirá renovar e construir o indivíduo.