Tratamento

Os investigadores trabalham constantemente para desenvolver novos medicamentos para tratar a doença de Alzheimer e outros tipos de demência. Muitos pensam que uma vacina para reduzir o número de placas amilóides no cérebro poderia finalmente ser o tratamento mais efectivo para a doença de Alzheimer.

Em 2001, os investigadores iniciaram um ensaio clínico para uma vacina chamada AN-1792. O estudo deteve-se logo que várias pessoas desenvolveram uma inflamação cerebral e na coluna vertebral. Apesar destes problemas, um paciente pareceu ter um número reduzido de placas amilóides no cérebro. Outros mostraram pouca ou nenhuma deterioração durante o decorrer do estudo, sugerindo que a vacina pode atrasar ou deter a doença de Alzheimer.

Os cientistas também investigam métodos de terapia genética para tratar a doença de Alzheimer. Em determinada instância, os investigadores usaram células concebidas geneticamente para produzir o factor de crescimento das células nervosas e logo o transplantaram no lobo frontal de símios. As células transplantadas fizeram aumentar a quantidade de factores de crescimento de células nervosas cerebrais e pareceram prevenir a degenerescência dos neurónios que produzem a acetilcolina nestes animais. Isto sugere que a terapia genética poderá ajudar a reduzir ou atrasar os sintomas da doença.

Agora, os investigadores ensaiam uma terapia similar num número reduzido de pacientes. Outros investigadores experimentaram uma terapia genética que agrega um gene chamado neprilisina a um modelo de rato, que produz a beta amilóide humana. Viram que o aumento do nível de neprilisina reduzia enormemente a quantidade de beta amilóide em ratos e que se detinha a degenerescência relacionada com a amilóide. Trata-se agora de determinar se a terapia com o gene neprilisina pode melhorar a cognição nos ratos.

Como muitos estudos encontraram provas de inflamação cerebral na doença de Alzheimer, alguns investigadores propuseram utilizar medicamentos que controlem a inflamação com os anti-inflamatórios, que poderiam prevenir ou adiar a progressão da doença. Estudos realizados em ratos sugerem que estes medicamentos poderiam limitar a produção de placas amilóides no cérebro.

Estudos iniciais com estes medicamentos nos humanos deram resultados promissores. No entanto, um estudo clínico mais amplo, patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde, nos Estados Unidos, para ensaiar dois medicamentos para ver se previnem a doença de Alzheimer, foi detido ao observar-se um incremento de AVC e ataques cardíacos nas pessoas que os tomavam.

Actualmente estuda-se a sefurança e eficácia do donepezil, mais conhecido como Aricept no tratamento da demência ligeira em pacientes com a doença de Parkinson. Noutro, investiga-se se o uso de “selos” colados na pele, com o medicamento selegnilina pode melhorar o funcionamento mental em pacientes com problemas relacionados com o HIV.