Apirotrofia

Pelo maior ou menor número de proteídeos contidos na sua estrutura, os frutos oleosos sobrepujam a cerne, porque têm sete mil calorias e 30% de albumina em contraposição a duas mil calorias e 15% de albumina da carne.

As nozes valem, pois, mais que os restos da hecatombe dos matadouros, porque a carne tem purinas e matérias pútridas, e para ser ingerida carece de ser preparada.

Até os antropófagos assam as suas vítimas antes de as comer.

Os frutos, comidos crus e bem maduros – coisa rara hoje – não produzem ácido úrico: são alimentos com todas as vantagens: grande teor calorimétrico, alto poder químico, ausência absoluta de ácidos úricos e forte energia vitalizadora.

Vamos ocupar-nos da segura potencialidade eléctrica dos frutos, e por isso tornaremos conhecidos os pacientes trabalhos de gabinete do ilustre electricista inglês, A E Balnes, o qual, após demoradas investigações, pode concluir que todos os frutos e sementes são acumuladores de electricidade vital.

Para isso servia-se dum Kelvin Astatic Galvanometer de oitenta mil ohms de resistência, e fez experiências durante 25 anos.

Não procuramos reproduzir os laboriosos trabalhos deste meticuloso físico. Basta referir, prática e claramente, os seus resultados.

Não se trata duma descoberta de ontem, pois tem já muitos anos de divulgada nos meios científicos.

Tome-se, por exemplo, uma laranja: cada gomo, coberto com a sua película, é uma célula do acumulador total envolvido pela casca.

Outro acumulador é a maçã, cuja polpa é dum alto potencial. Não há fruto algum que não acuse, no galavnómetro, suficiente carga de energia vital.

Estas experiências servem para dar maior força ao frugivorismo.

Os frutos são alimentos vivos; meta-se uma castanha crua na terra, e nascerá um castanheiro; se porém, a castanha for assada, nada se obterá de tal sementeira porque o gérmen está modificado pela acção do fogo.

Os frutos estão carregados de electricidade positiva; os tubérculos e raízes de electricidade negativa.

Mas desde que os frutos ou raízes sejam alterados pelo fogo, não acusam o menor desvio na agulha do galvanómetro.

As conclusões a tirar destes factos são extremamente fáceis de compreender. Quem viver de alimentos naturais recebe deles, além do calor e dos elementos nutritivos, uma grande soma de vitalidade.

A cozinha desvitaliza e altera as células bióforas dos alimentos, portanto a cozinha é o local onde se gera a doença e a morte.

As células bioplásticas dos vegetais ficam completamente coaguladas. O protoplasma é totalmente destruído do seu poder integral.