Demências

As demências são síndromas neuropsicológicas (conjuntos de sintomas) com um sintoma em comum, imprescindível para o sei diagnóstico: incapacidade para aprender novas informações (amnésia anterógrada) causada por um dano cognitivo.
É preciso sofrer da perda de memória para ser considerado demente. Talvez que o mais grave seja que, mesmo havendo perda de memória, não se perca a consciência de que as pessoas afectadas sofrem muito ao perceber o problema que as afecta.
A demência não implica a desordem progressiva e irreversível. Nos casos de lesões cerebrais traumáticas graves, assim como fortes estados de consumo de drogas, amiúde se ajustem ao critério de demência, se bem que o seu funcionamento cognitivo melhore com o passar do tempo. Nestes casos, cumprir-se-á a chamada lei de Robot. Recupera-se primeiro o mais antigo e depois o mais recente, sem chegar nunca a recuperar o imediatamente anterior ao acidente ou doença. No entanto também existem tipos de demência progressiva e irreversível, como é o caso da doença de Alzheimer.
Nem todas as perdas de memória podem atribuir-se à demência.
• Negligência benigna senescente (ou senil): também chamada “afecção da memória associada à idade”. Caracteriza-se por uma perda de memória ligeiramente superior ao “são”. Indivíduos com mais de 50 anos que se queixam de problemas de memória na vida diária, que nos testes de memória apresentam pelo menos um desvio e que não chegam a cumprir os critérios duma demência.
• Pseudo demência: ou demência produto de depressões graves, que são reversíveis. Estes sujeitos queixam-se de indecisão frequente, concentração diminuída, processamento lento da informação. São pessoas que, além disso, sofrem de falta de prazer e apresentam queixas idiomáticas sem causa aparente.

O diagnóstico precoce é sempre aconselhável.
* A simples “recordação livre” /depois de ler uma revista, repetir em voz alta) é uma das técnicas mais efectivas para distinguir os indivíduos demenciados.
* Uma análise retrospectiva da sua vida também é muito útil, já que são muito mais vulneráveis pessoas com vidas “planas”, com pouco interesse pela cultura, sem paixões, sem curiosidade e pouco imaginativas…
* Existem outras técnicas como o priming, algo parecido com o jogo do “enforcado” e outros sintomas associados, como a capacidade de perceber os odores.

São várias as doenças que conlevam demência:
* Huntigton: è uma doença neurovegetativa hereditária de lento mas precoce início;
40 anos (de facto há 100% de possibilidades de ser transmitida geneticamente se
se é portador). Caracteriza-se por movimentos involuntários das extremidades,
falta de coordenação e um claro declive da memória, com dificuldades para a
atenção e concentração e problemas para planificar actividades. Vai afectando o
juízo e o raciocínio, mudanças afectivas, gostos… fica muito afectada a
recordação, mas não tanto o reconhecimento.
• Parkinson: Doença neurovegetativa com transtornos do movimento. Em 30% dos casos surgem sintomas de demência, como a lentidão no processamento, deficiências de memória, pobre planificação, etc…
• Síndroma de Korsakoff: é também associada, sendo devida a hábitos alcoólicos crónicos, infecções ou enfartes cerebrais