Demência Tipo Alzheimer

Ao causar alterações tanto estruturais como químicas no cérebro, a doença parece desconhecer áreas do cérebro que normalmente trabalham juntas.

À volta de 10% das pessoas com mais de 70 anos tem problemas significativos de memória e perto de metade deles são causados pela doença de Alzheimer. O número de pessoas com esta doença duplica cada década depois dos 70 anos e o facto de haver um familiar próximo que tenha desenvolvido a doença, aumenta o risco.

A doença de Alzheimer de início precoce pode apresentar-se em famílias e pode advir de mutações “autosónicas dominantes” que podem ser a causa da doença. Até agora, identificaram-se três genes de aparecimento precoce.

A doença de Alzheimer de aparecimento tardio, que é o tipo mais comum, desenvolve-se em pessoas com mais de 60 anos e acredita-se ser menos provável que se apresente em famílias. A doença de Alzheimer tardia pode surgir em algumas famílias, mas o papel dos genes é menos directo e definitivo. É possível que estes genes não provoquem o problema em si, mas que aumentem a probabilidade de formação de placas e nódulos ou outras patologias relacionadas com a doença.

Sintomas:

Nas etapas iniciais, os sintomas podem ser muito subtis e podem parecer sinais que muitas pessoas, erradamente, atribuem ao envelhecimento normal. Entre os sintomas podem encontrar-se.

• Repetição de enunciados.
• Confusão das coisas.
• Dificuldades para recordar o nome de objectos conhecidos.
• Alterações da personalidade.
• Perder o interesse pelas coisas de que antes gostava.
• Dificuldades na realização de tarefas que requerem alguma elaboração mental, mesmo as mais fáceis.

Numa etapa mais avançada, os sintomas são mais evidentes:

• Esquecer detalhes acerca de acontecimentos correntes.
• Esquecer acontecimentos da vida pessoal, perdendo a consciência de quem se é.
• Problemas para escolher a roupa.
• Alucinações, discussões, oferta de pancada numa conduta violenta.
• Delírio, depressão e agitação.

Nas etapas finais da doença, a pessoa já não pode viver sem ajuda. A maioria das pessoas nesta etapa:

• Já não conhece a linguagem.
• Já não reconhece os membros da família.
• Já não é capaz de desempenhar as actividades básicas da vida diária, como comer, vestir-se ou lavar-se.

No mundo nada há melhor que o riso e a boa disposição. Todo o cuidador é conduzido, de forma automática, à depressão, mesmo contra sua vontade. No entanto:

• Tomem-se as coisas com bom sentido de humor, já que é uma grande válvula para superar todos os problemas com o doente.
• É preferível rir que lamentar-se. O riso deve ser utilizado o mais possível.
• O riso é um dos melhores remédios da alma, é como um quebrar das tensões que diariamente se vivem.

Linguagem corporal

Porque o nosso corpo também comunica:
• Indicar ou apontar para uma coisa ou alguém, pode ajudar a pessoaa compreender melhor.
• Nunca utilizar a força!
• Tocar suavemente ou estreitar a mão da pessoa, são gestos ou sinais que lhe darão a entender que nos preocupamos com ela.
• Manter sempre o contacto visual ao falar-lhe ou ouvi-la.

Evitar fazer muitas perguntas:

• A pessoa coloca-se a questão: para quê tantas perguntas?
• Fazer perguntas que requeiram apenas um “sim” ou um “não” como resposta, dando-lhe tempo para responder.

Como comunicar com a pessoa?

• Mostrar-lhe objectos e fotografias; que lhes toque, apalpe, veja e sinta, pode melhorar substancialmente a comunicação; ajudá-la a recordar e a iniciar uma conversação.
• As velhas fotografias podem também ser utilizadas para estimular e trazer à memória acontecimentos passados, assim como recordar coisas agradáveis.

Nunca o cuidador se deve dar por vencido. O mundo e a vida continuam. Talvez com algumas dificuldades, mas com a certeza de que estamos a fazer o mais correcto por aquelas pessoas, que tanto deram da sua vida passada.