Classificação das demências

• Por áreas e sintomas comuns.
• Demências corticais: transtornos em todas as fases da memória (armazenamento, evocação, conhecimento.) Demências como a de Alzheimer ou Pick.
• Demências subcorticais: Disfunções precoces no movimento. Também se observam transtornos na memória. Só na evocação: doença de Parkinson, Coreia…
• Demência por afectação de substância branca: Transtorno no tempo de reacção, ausência de movimentos involuntários e também afectação da memória; esclerose múltipla.
• Demências mistas: Reúnem vários sintomas citados antes, como no caso da doença de Creutzfeld-Jacob.
• Depressão e demência: Segundo a evolução dum paciente depressivo podem dar-se casos de demência que, dependendo da qual farão um ou outro tratamento.

Diagnóstico da doença:
Para diagnosticar qualquer demência deve ser feito um estudo exaustivo do doente durante pelo menos uns seis meses. Devem estudar-se os sintomas, assim como levar a cabo certos comportamentos. (É aqui que o papel do enfermeiro é importante na ajuda fornecida ao médico).

• Provas de deterioração da memória a curto e longo prazo. Por exemplo, a incapacidade de recordar o nome de algum objecto que o doente observa, ou o facto de esquecer o próprio nome, ou algum facto concreto ocorrido no passado.
• Deterioração do pensamento abstracto, dificuldade para definir cóias, encontrar diferenças e semelhanças entre dois objectos.
• Incapacidade para poder encontrar soluções para problemas simples.
• Afasia: Transtornos da linguagem. Apraxia: Incapacidade para levar a cabo actividades motoras. Agnosia: Incapacidade para identificar coisas, e outras dificuldades construtoras.
• Alterações na personalidade.
• Incapacidade de se relacionar com os demais, tanto social como laboralmente.

Graus de demência:
• Leve: Mantém-se a capacidade de autonomia, assim como a higiene, embora haja uma deterioração significativa das actividades laborais e sociais.
• Moderada: O doente não é de todo autónomo, necessitando dum controlo preventivo.
• Grave: É necessário que o paciente tenha um controlo contínuo, já que perdeu totalmente a capacidade de se valer a si mesmo.

Alzheimer:
Na doença de Alzheimer há certos rasgos neuropatológicos e neuroquímicos característicos.
Quando a doença se manifesta precocemente, antes dos 65-70 anos, acredita-se ser de origem hereditária, sendo possível haver antecedentes na família. Neste caso, a doença desenvolve-se muito rapidamente e há lesões nos lobos temporais e parietais. Quando a doença se manifesta a partir dos setenta anos, a deterioração cerebral é mais lenta e global das funções corticais superiores. Os doentes com a síndroma de Down correm um alto risco de sofrer da doença de Alzheimer.

A demência na doença de Alzheimer considera-se irreversível, apesar de não haver muitas investigações e estudos com fármacos que possam paliar a doença, mas dificilmente detê-la.

À parte das condições para o diagnóstico, há outros factores que também influem no diagnóstico desta doença, assim como a existência de uma deficiência da Vitamina B12, hipertiroidismo.