Tratamento da doença de Alzheimer

Esta doença é de evolução lenta, que se inicia com problemas ligeiros da memória e termina com lesão cerebral grave. A progressão da doença e a rapidez com que ocorrem as mudanças variam de pessoa para pessoa.

Em média, os doentes de Alzheimer vivem entre 8 a 10 anos depois de terem sido diagnosticados, embora alguns possam viver até 20 anos com a doença.

Nenhum tratamento pode deter a doença. No entanto, para algumas pessoas nas fases iniciais e intermédias, certos medicamentos podem ajudar a prevenir uma maior deterioração e o agravamento dos sintomas, durante um período limitado de tempo. Vários medicamentos têm sido aprovados para tratar as fases moderadas ou graves da doença, embora tenham efeitos limitados.

Mesmo assim, alguns deles podem ajudar a controlar os sintomas do comportamento causados pela doença, como a insónia, a agitação, a deambulação., a ansiedade e a depressão.

O tratamento destes sintomas contribui com frequência para que os pacientes se sintam mais cómodos e facilita o seu cuidado por parte das pessoas que deles cuidam.

O Instituto Nacional sobre o Envelhecimento (NIA), que faz parte dos Institutos Nacionais da saúde (NIH) nos Estados Unidos, é a agência federal líder na investigação sobre a doença de Alzheimer. Os cientistas auspiciados pelo NIA realizam ensaios com vários medicamentos para reduzir os seus sintomas. Algumas ideias que podem parecer promissoras, resultam em pouco ou nenhum benefício quando se avaliam cuidadosamente durante um estudo clínico. Os investigadores realizam estudos clínicos para determinar se os tratamentos, que parecem promissores, nos estudos de observação e nos estudos com animais; não conlevam perigo e são eficazes nas pessoas.

Ligeira deterioração cognitiva: – Em anos recentes, os cientistas concentravam-se num tipo de alterações da memória chamado cognitivo ligeiro (MCI). O MCI é diferente tanto da doença de Alzheimer como das alterações normais da memória, associadas à idade. As pessoas com MCI têm problemas constantes da memória, mas não experimentam outras perdas, como confusão, problemas de atenção e dificuldades com a linguagem.

Num estudo realizado sobre a deterioração da memória, patrocinado pelo NIA – Memory Impairment Study – comparam-se os efeitos de certo medicamento com a vitamina E, e, os placebos entre participantes com MCI, para observar se os medicamentos poderiam atrasar ou prevenir a chegada do MCI e se convertesse em Alzheimer.

O estudo descobriu que o grupo com MCI que tomava o medicamento – donepezil – diminuiu o risco de desenvolver Alzheimer durante 18 meses num estudo de 3 anos, quando se comparou com o de seus homólogos que tomavam placebos.

A diminuição do risco de desenvolver um diagnóstico de Alzheimer a partir do MCI nos participantes que tomavam donepezil, desapareceu ao fim de 18 meses e, no final do estudo, a probabilidade do avanço da doença era a mesma para os dois grupos. A vitamina E não teve efeito algum durante o decurso do estudo quando se comparou com o placebo.