A visibilidade Social

A progressiva visibilidade social, por nós apercebida, quanto ao envelhecimento, à deficiência e aos direitos humanos, provoca muitas e sérias inquietações, dúvidas e redefinições de metas e políticas. Vive-se num clima de inquietação e “medos”, em tudo relacionada com a constante constatação de dados actuais, bem como de análise dos fenómenos sócio – demográficos, político-sociais e no âmbito da Saúde e qualidade de vida.
Quando se institucionaliza alguém, a pessoa depara-se com uma realidade desconhecida, originando uma entrega nas mãos de desconhecidos, podendo suscitar sentimentos de desconforto, angústia, revolta e medo, só combatidos através duma actuação estruturada, humana, técnico-relacional correcta, adaptada a cada situação e pessoa. É, pois, de primordial importância motivar a população, as famílias e instituições, comunitárias, para a participação e interacção com a PORTUSASAS, porque lhe caberá intervir no íntimo dos seus lares e famílias.
Porque é preciso tentar uma mudança a nível da mentalidade e através duma quebra das barreiras erigidas ao longo dos tempos. Urgente mesmo. O que só se pode alcançar através do fomento de vínculos e diálogo entre os diversos intervenientes no terreno, salientando a necessidade de desenvolver os intercâmbios de suporte que favoreçam a permanência das pessoas nos seios e contextos mais significativos, tendo sempre em conta que as boas medidas práticas exigem a partilha e conjugação de conhecimentos, favorecendo, sempre que possível, a chamada Área de Dia, tendo como principal objectivo fornecer oportunidades (potenciais) para o desempenho, criando e estabelecendo determinadas directrizes comportamentais, de forma a preparar adequadamente os usuários para a reintegração sócio-familiar, tentando evitar o internismo institucionalizado.
Os objectivos devem ser definidos de acordo com cada situação procurando, através da inserção em actividades estruturadas, procurando incentivar a participação e fomentar a sociabilização, desenvolvendo técnicas específicas nas actividades de vida diária e competências sociais, potenciando a orientação para a realidade, de modo a melhorar a auto-estima e autonomia, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
A utilização das actividades funciona quer como instrumento de avaliação, quer como de intervenção.
A Avaliação Social, feita pela Assistente Social, sendo possível perceber o contexto social do usuário e da família, permitindo determinar o escalão monetário da mensalidade em ambulatório, para além da expressão de outras variáveis. (Em ficha própria)
Deverão ser considerados os seguintes escalões: máximo, médio e mínimo e especial, estabelecidos de acordo com o rendimento mensal do “cliente” e/ou família.
Na Área de Dia, para além das intervenções específicas de cada valência, o objectivo é a interdisciplinariedade, potenciando a acção de cada interveniente – psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional e assistente social, o monitor de ocupação, o enfermeiro que, em conjugação com o usuário, criam condições para a melhoria da sua qualidade de ida.
Reunidas as avaliações realizadas, elabora-se o Plano Individual da Reabilitação, para enquadrar o doente no programa adaptado às suas necessidades. Este plano é o guia para a implementação da intervenção, permitindo seleccionar as actividades que cada doente vai integrar no seu plano individual.