Exames

• Neuroimagens – TAC (Tomografia Axial Computorizada) ou RM (Ressonância Magnética) para descartar outras causas e confirmar a existência de um grau de atrofia que possa ser significativo.
• Análises – para detectar causas infecciosas, metabólicas, endócrinas…
• EEG – Electroencefalograma, que ajuda a descartar outras demências. Por exemplo, encefalopatias metabólicas em pessoas com doenças hepáticas crónicas ou doença de Creuzfeldt-Jacob, a forma mais corrente do processo decorrente devido a priões, os agentes causais da popular doença das vacas loucas.
• SPECT ou PET – Exames mais sofisticados que avaliam determinados aspectos funcionais da actividade cerebral e que são de utilidade em casos incipientes ou de diagnóstico pouco claro.
• Por último, e não por ordem de importância, já que o seu valor é inquestionável, a prática de um estudo neurofisiológico detalhado, contribuirá decisivamente, nalguns casos, para o estabelecimento do diagnóstico.

Menção á parte merece o controverso tema do estudo genético.

Não está indicado nem justificado o seu uso sistemático no estudo do diagnóstico. Deve ficar ao rigoroso critério do especialista o sugerir à família a conveniência ou necessidade de tal estudo.

Salvo nos casos, raros, de doença de Alzheimer familiar, o estudo genético constitui, ele só, um dado mais, por valioso que seja em certas ocasiões, mas não um elemento imprescindível para o estabelecimento do diagnóstico.

Mais clara ainda é a atitude ante os pretensos estudos genéticos “preventivos” em pessoas sãs – frequentemente angustiados filhos dum paciente com a doença – dos quais poderia fazer-se um uso irregular.

Actualmente e ante a falta de tratamento da doença, da sua fase pré-sintomática, mais ainda, dos supostos “sujeitos de risco”, tais estudos não aportam mais que ansiedade, frustração e desgaste moral e, eventualmente, económico, a quem sejam declarados, em função de critérios bem discutíveis, susceptíveis de apresentar a doença em determinado momento da sua vida.

Não existe nenhum exame isolado que por si só possa estabelecer o diagnóstico de doença de Alzheimer. Nem tão-pouco é possível, hoje, assegurar em vida do paciente, salvo se se pratica uma biópsia cerebral ( e esta só após o falecimento) com o consequente estudo anátomo-patológico – o diagnóstico definitivo da doença.

Segundo critérios aceites internacionalmente, só se pode falar de provável ou possível doença de Alzheimer.

Deve acrescentar-se de imediato, não obstante, que em mãos especializadas, a fiabilidade do diagnóstico é muito elevada, roçando provavelmente os 90% de certeza.