Diagnóstico da doença de Alzheimer

O diagnóstico desta doença baseia-se numa combinação de sintomas e exames. Deve diferenciar-se dos esquecimentos ocasionais que normalmente se apresentam com a velhice, e também dos vinculados com a depressão, desnutrição e os efeitos secundários de medicamentos, que podem provocar sintomas semelhantes aos da etapa inicial da doença de Alzheimer. De modo geral, o médico inicia a sua avaliação mediante a história pessoal, exame psíquico e a valorização das capacidades cognitivas do doente.
Estes passos ajudam o médico a decidir se são necessários mais exames. É possível que o médico dê atenção primária e recomende que se realize um exame mais profundo num centro de avaliação da doença por um especialista em demência ou em geriatria, que o referido exame inclua uma meticulosa avaliação médica e da história pessoal, seguida de extensos exames neurológicos e neuropsicológicos. A avaliação da demência deve incluir entrevistas com familiares e outras pessoas que tenham estreito contacto com o doente.

Tratamento depois do diagnóstico

Os investigadores ainda não conhecem com exactidão, a ou as causas da doença de Alzheimer, e para já não existe cura alguma. Não obstante, nos últimos anos foram conseguidos avanços consideráveis na investigação e descobriram-se diferentes medicamentos para a etapa inicial da doença. Os investigadores ainda não encontraram o tratamento ideal que a impeça ou a cure, sem efeitos secundários, que seja económica e largamente disponível.

No entanto, é possível aliviar com medicamentos alguns dos sintomas comuns da etapa inicial. Em Janeiro de 2002, a Administração de Alimentos e Fármacos dos Estados Unidos (FDA) já tinha aprovado quatro medicamentos para melhorar a memória e travar o avanço da doença. O primeiro deles, aprovado em 1993, Cognex, provoca muitos efeitos secundários, entre eles possíveis lesões no fígado, e os seus resultados sobre a memória foram decepcionantes. Três medicamentos mais recentes – O Aricept, o Exelon e o Remunyl – mostraram resultados positivos na melhoria da memória e têm menos efeitos secundários. Lamentavelmente, estes fármacos não são eficazes para todos os doentes e o seu valor limita-se às etapas inicial e intermediária da doença. Mais recentemente ainda surgiu o Ebixa.

Constantemente investigam-se novos medicamentos. As pessoas interessadas em participar nos correspondentes ensaios clínicos deverão analisar, com seus médicos e familiares os possíveis benefícios ou prejuízos. No Centro de Educação e Remissão para a Doença de Alzheimer (Alzheimer’s Disease Education and referal Center – ADEAR), poderá obter-se mais informação sobre os ensaios clínicos de medicamentos e outras investigações em curso Em muitas universidades e escolas de Medicina, também se realizam projectos de investigação. É possível que o médico conheça projectos de investigação que precisem de colaboração de doentes de Alzheimer ou de seus familiares e cuidadores.

Já hoje é possível aliviar alguns dos sintomas emocionais e comportamentais mais comuns da doença de Alzheimer. Por exemplo, o médico pode receitar tranquilizantes para aliviar a agitação, a ansiedade e comportamentos imprevisíveis.
Também podem receitar medicamentos para melhorar o sono e combater a depressão. É possível que o médico recomende a Vitamina E, que produz alguns resultados positivos sem efeitos secundários negativos, quando tomada em quantidades moderadas.

É indispensável controlar cuidadosamente a dosagem dos medicamentos que se administram. As pessoas mais idosas não reagem aos fármacos da mesma maneira que as mais jovens; o excesso de medicação pode ser perigoso. É importante manter o médico informado sobre as alterações do comportamento e os novos sintomas que se apresentam nos doentes que tomam medicamentos.