No Verão

O bom vestuário de verão deve ser leve e fino; roupas claras de tecidos abertos e calçado de lona, quando não houver outro. Mas não é só ao vestuário que se deve prestar atenção.

Urge pensar mais uma vez, e a sério, no alimento.

Haverá alguém, pelo menos na época do calor, que não goste de frutos? E, todavia, na generalidade, é no fim do almoço ou do jantar, como que em desterro, que se servem os apetecidos frutos. Que mau uso instalado dentro da civilização.

Os frutos utilizados como correctivo de toda essa monstruosa culinária dos nossos tempos.

E além de tudo, ainda é necessário ao homem assassinar para viver, e ainda lhe é preciso empregar o fogo, como meio de mudar as carnes e os vegetais.

É este um hábito que brada à inteligência mais humilde como um enorme contra-senso.
Como se poderá obter a saúde assim? É completamente impossível não estar doente.

Metade da humanidade sofre; outra metade prepara-se para ficar enferma.

Quem vive de ar impróprio, com vestuário ilógico, sem sol e sem vegetais, há-de fatalmente sofrer e abreviar a vida. Contudo, facílimo ter saúde; basta não nos desviarmos do nosso destino.

Descendentes de frugívoros, para que nos quisemos tornar culinários e fermentados?

Que insânia acometeu o homem para assim proceder? A dieta vegetal é a melhor e a mais lógica higiene, desde que se transite para ela conscientemente, e levado por quem saiba.

Quero agora felicitar os nossos irmãos brasileiros pelo seguinte, mas não apenas por isso, saudando ao mesmo tempo todos quantos colaboram connosco:

Plantas para o coração

Investigadores da Universidade de S. Paulo, há dois anos, descobriram que uma mistura de plantas brasileiras – catuaba, maripuama, guaraná e gengibre – é capaz de reverter a fibrilação ventricular, uma arritmia cardíaca que mata entre 200 e 300 mil pessoas por ano só no Brasil.

Actualmente, a única alternativa para interromper a fibrilação é o choque eléctrico aplicado com um aparelho - o desfibrilador.

Com a administração da mistura fitoterapêutica, 100% dos corações de cobaias testadas em laboratório voltaram ao normal.

A principal expectativa criada por estes resultados está no facto de que nenhum desses órgãos voltou a fibrilar.

Outra vantagem da substância foi a de ter conseguido reverter a fibrilação em 20 minutos, tempo em que raramente há volta à normalidade com o choque eléctrico.

(Notícia da Agência USP)