Os sinais de alarme

Os dez sinais de alarme da doença de Alzheimer, difundidos pela Alzheimer’s Association dos Estados Unidos, recolhidos abaixo, podem pôr-nos em guarda ao sugerirem que uma pessoa talvez esteja a iniciar esta doença, de começo habitualmente insidioso. O motivo de consulta médica pode ser a perda de memória, especialmente da memória recente. Não recorda onde deixou as coisas, incluindo objectos de valor, esquecendo conselhos, recados, deixa as torneiras abertas e fogão aceso e não se lembra das pessoas que acaba de conhecer nem é capaz de aprender a manejar os novos electrodomésticos.

• Perda de memória que afecta a capacidade laboral.
• Dificuldade para levar a cabo tarefas familiares.
• Problemas com a linguagem.
• Desorientação no tempo e no espaço.
• Pobre juízo ou diminuído.
• Problemas com o pensamento abstracto.
• Coisas colocadas em sítios errados.
• Mudanças de humor ou comportamento.
• Mudanças na personalidade.
• Perda de iniciativa.

Repete uma e outra vez as mesmas coisas e faz, uma e outra vez as mesmas perguntas e tem dificuldades para encontrar a palavra adequada numa conversação, utilizando evasivas. O rendimento laboral é cada vez mais pobre e começa mais adiante a apresentar ideias delirantes, culpando os familiares de lhe esconderem ou tirar-lhe as coisas.
Rapidamente o seu aspecto começa a deixar de o preocupar e cada vez lhe custa mais trabalho dar seguimento a uma conversação, ficando frequentemente sem saber o que ia dizer. Começa a retrair-se, tendendo a deixar de sair e a abandonar as suas paixões habituais. Surgem episódios de desorientação espacial, que inicialmente se referem só aos lugares menos familiares. A sua percepção da realidade é cada vez menor e o quadro evolui já com rapidez para a demência grave. Tem, então, dificuldades para se vestir, lavar-se, dorme mal, sente-se hiperactivo mas sem finalidade determinada, e às vezes urina na cama.
Podem surgir crises epilépticas e mioclonias e o paciente anda lentamente com o tronco flectido. Urina e defeca em sítios inapropriados, apenas emite algumas palavras ininteligíveis e tem intensos transtornos do sono e do comportamento. Finalmente chega a não poder andar e a não comunicar em absoluto, falecendo por causa dos processos intercorrentes (escaras que se infectam, pneumonias…).
A exploração ajudará a descobrir outras doenças sistémicas e neurológicas e na continuação devem confirmar-se aos défices cognitivos recolhidos na amnésia. Exploram-se a orientação, concentração, memória, linguagem, práticas e função executiva…