Predição da doença de Alzheimer

Não existe maneira fiável, neste momento, para prever a doença de Alzheimer. Nenhuma pessoa sem sintomas deverá fazer exames genéticos para detectar a doença. A presença do gene ApoE4 é um indicador precário para o desenvolvimento da doença e a falta deste gene não é uma garantia de protecção.

Ainda não se criou uma prova definitiva para diagnosticar a doença de Alzheimer, inclusive nos pacientes que mostram sinais de demência. Um exame de sangue para a detecção da ApoE4 pode ser útil para confirmar um diagnóstico nos doentes que apresentam sintomas da doença, embora continue sem ser definitivo um resultado positivo.

O líquido cefalorraquidiano que mostra altos níveis de proteína tau, o principal ingrediente nas fibras das células nervosas enredadas dos cérebros das pessoas com a doença de Alzheimer, pode servir como um indicador de diagnóstico da doença.

A prova é invasora, no entanto, e actualmente emprega-se só em investigações. De forma comum, um médico levará a cabo uma série de exames para descobrir outros transtornos que possam ser responsáveis pelos sintomas dos doentes – entre eles, depressão, doença de Pakinson, acidentes vasculares cerebrais múltiplos (demência por multi-enfarte) e abuso de drogas. Outras doenças menos comuns que podem causar sintomas similares aos da doença de Alzheimer, são a doença da tiróide, anemia perniciosa, coágulos sanguíneos, hidrocefalia (acumulação excessiva de líquido cefalorraquidiano no cérebro), sífilis, doença de Huntington, doença de Creutzfeld-Jacob e tumores cerebrais.

Além dos exames de sangue para detectar anomalias metabólicas, são recomendados outros mais extensos. As explorações computorizadas de tomografia, podem detectar a presença de coágulos sanguíneos, tumores, hidrocefalia ou AVC. A electroencegfalografia, EEG, detecta a actividade das ondas cerebrais; em alguns doentes que sofrem da doença de Alzheimer, este exame revela ondas lentas.
Embora existam outras doenças que possam manifestar anomalias similares, o traçado do EEG ajuda a distinguir um potencial doente de Alzheimer de uma pessoa seriamente deprimida, cujas ondas cerebrais são normais. O médico também administrará um número de exames psicológicos para avaliar as dificuldades da atenção, percepção, memória e solução de problemas, aptidão social e linguagem.

Alguns estudos revelam esperanças quanto ao diagnóstico da doença de Alzheimer, empregando técnicas avançadas por imagens, como a Ressonância Magnética, TAC ao cérebro. Alguns estudos tinham indicado que uma resposta exagerada da pupila do olho a determinado medicamento era uma reacção exclusiva dos doentes de Alzheimer, mas os exames que se seguiram demonstraram que não era de confiar.