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Chegará o momento em que o familiar cuidador mais dedicado, provavelmente pensará em institucionalizar o doente de Alzheimer. Esse momento determinar-se-á não só pela resistência emocional do prestador de assistência, mas também pela sua força e vigor físico, já que o doente, tipicamente, adopta o comportamento imprevisível e indisciplinado de uma criança.

As considerações financeiras na procura dum lar para anciãos são vitais, mas igualmente importante é o tipo de atenção. Embora a metade de todos os internos dum lar possam eventualmente ser vítimas da doença de Alzheimer, nem todos os lares para anciãos têm programas especificamente desenhados para eles. Algumas instituições podem afirmar que os têm, mas muitas vezes já se tem visto que agrupam simplesmente os doentes sem lhes oferecer nenhum tipo de programa especial.

Se um prestador de cuidados consegue encontrar umas instalações que ofereçam bons serviços, por vezes situa-se demasiado longe do seu domicílio, dificultando as visitas.

O cuidador deverá então decidir se vale a pena uma maior atenção numa instituição distante, à custa de ver o doente com muito menos frequência, outro assunto doloroso. Um programa de lar, se está disponível, oferece uma opção mais humanitária e compassiva que o lar para anciãos durante os meses finais de uma doença mental.

Para além da carga devastadora, os custos financeiros da doença de Alzheimer são, geralmente demasiado altos. A maioria das famílias tem de pagar, elas mesmas, pela assistência ao doente. Como tem aumentado a proporção de anciãos na população, algumas organizações locais têm-se tornado activas em várias frentes importantes – faltando no entanto o necessário apoio oficial, de modo geral.

Eis alguns conselhos para os cuidadores:

• Embora não possa controlar o processo da doença, é preciso recordar que pode controlar muitos aspectos de como afecta o doente.
• É preciso que o cuidador trate de si próprio para que possa continuar a assistir ao seu doente.
• É preciso simplificar o modo de vida para que o seu tempo e energia estejam disponíveis para as coisas que são realmente importantes.
• É necessário cultivar o dom de exigir que os demais o ajudem, já que o cuidado do familiar é um trabalho muito árduo para ser levado a cabo por uma pessoa só.
• É preciso gozar, de vez em quando (semanalmente), um dia de folga, sem se preocupar com o que pode ou não suceder no futuro.
• É necessário estruturar esse dia pensando apenas em si mesmo.
• É preciso munir-se de um bom sentido de humor, já que o riso ajuda a colocar as coisas numa perspectiva mais positiva.
• Há necessidade de recordar que o seu familiar não é difícil de propósito; o que se passa é que o comportamento e as emoções, são distorcidas pela doença.
• É preciso concentrar-se naquilo que o doente pode fazer, em vez de se lamentar constantemente sobre o que se perdeu.
• É necessário estabelecer cada vez mais outras relações, onde possa encontrar apoio.
• É preciso recordar com frequência, que está a fazer o melhor que pode e sabe.
• É precisa a ajuda de uma força superior, que está sempre disponível.