Sintomas da doença de Alzheimer

Muitos dos primeiros sintomas da doença de Alzheimer podem não ser percebidos facilmente, porque se parecem com os sinais naturais do envelhecimento, tais como o esquecimento, perda de concentração, assim como problemas motores e da linguagem, incluindo dificuldades na fala e no andar.

Os sinais de deterioração vão aumentando rapidamente, sobretudo a alteração da memória e a atenção.

A média da idade do início da doença de Alzheimer pode ser a dos 55 anos. Frequentemente apresentam-se casos de pacientes muito mais jovens, sendo os sintomas mais comuns:

• Perda progressiva da memória
• Confusão e desorientação no tempo e no espaço, perdendo-se nos locais habituais
• Podem também apresentar-se alterações no controlo dos esfíncteres
• Perder as coisas ou escondê-las em lugares pouco usuais
• Mostrar agitação, inquietação ou nervosismo
• Aparecimento de transtornos da linguagem. Esquecem as palavras e misturam os nomes das coisas, repetem frases fora de contexto e sem sentido aparente
• Mudanças no carácter, explosões de mau humor e agressividade
• Mostrar-se cansado, calado, triste ou deprimido
• Incapacidade para realizar acções tão simples como vestir-se e despir-se
• Mostrar-se paranóico ou suspeitar de todos os que o rodeiam
• Repetição da mesma pergunta diversas vezes

O começo da doença de Alzheimer acontece com manifestações que podem ocorrer a qualquer pessoa em determinados momentos; esquecer algo, não se lembrar onde guardou o objecto ou o documento, ou uma direcção, a data daquele dia ou mês. À medida que isto vai sucedendo, esta deterioração da memória vai-se tornando paulatina, esquecendo-se situações recentes embora tenham passado apenas uns minutos, chegando a não se lembrar do que comeu há minutos.

O comportamento vai variar: pôr-se-á muito deprimido e apático e sem motivação, aumentando com o passar do dia, encontrando-se no fim do mesmo muito ansioso e inquieto. Desorienta-se muito facilmente; aqueles lugares que sempre frequentou, são-lhe desconhecidos. Já não saberá ir fazer as compras ou ao café mesmo ali à beira, ou regressar a casa. A comunicação vai-se deteriorando pouco a pouco.

Com o tempo começam a surgir outros problemas. Produzem-se importantes alterações da função cerebral. A memória e a linguagem poderão ser as primeiras a notar-se. Já o esquecimento se faz notar mais quando não sabe vestir-se ou não pode fazê-lo; poderá querer vestir a camisa como se fossem calças. É difícil comunicar ou expressar o que quer, mudando de contexto do que pede.

Com o decorrer dos anos, o paciente de Alzheimer torna-se totalmente dependente e os problemas tornam-se mais comuns.

Todas aquelas poucas actividades que podia realizar desaparecem por completo; a operação de cálculo mais simples não a poderá realizar. A comunicação torna-se impossível. Tem início uma deterioração física (mudança de atitude, afecção do tonus muscular) e mental (não reconhece a família) progressivo.

O paciente de Alzheimer acaba acamado, apresentando outros problemas: incontinência urinária e fecal, escaras, infecção das vias respiratórias, urinárias e outras complicações que poderão ser fatais para a vida.