Sistema nervoso autónomo

Este sistema permite que as vísceras colaborem nas nossas relações com o mundo exterior.

Certos órgãos, tais como o estômago, o fígado, o coração…, não estão submetidos à nossa vontade. Não podemos aumentar ou diminuir ao nosso alvedrio o calibre das nossas artérias, ou o ritmo das pulsações do nosso coração, ou das contracções do nosso intestino.

A independência destas funções deve-se à presença de arcos reflexos nos próprios órgãos.

Estes sistemas locais são formados por pequenos núcleos de células nervosas disseminadas nos tecidos, sob a pele, ao redor dos vasos sanguíneos…

Existem numerosos centros reflexos que dão às vísceras o seu automatismo. Uma ansa intestinal por exemplo, separada do corpo, e provida duma circulação artificial, apresenta movimentos normais. Um rim enxertado recomeça imediatamente a segregar.

A maior parte dos órgãos possui uma certa independência, e até isolados do corpo podem funcionar.

As inumeráveis fibras nervosas de que estão providos vêm da ampla cadeia de gânglios simpáticos que se encontram na frente da coluna vertebral, e dos outros gânglios situados em voltam dos vasos do abdómen.

Esses centros estão ligados a todos os órgãos e regulam o seu trabalho. Por outro lado, devido às suas relações com a espinal-medula e o cérebro, coordenam a acção das vísceras com a dos músculos naqueles actos que exigem o esforço do corpo inteiro.

As vísceras, embora dependentes do sistema nervoso dum cão ou dum gato, os pulmões, o coração, o estômago., o fígado, o pâncreas, o intestino, o baço, os rins e a bexiga, com os seus vasos sanguíneos e os nervos, sem que o coração deixe de bater e o sangue de circular.

Se se colocar este ser visceral num banho quente, se se fornecer oxigénio aos seus pulmões, continuará a viver.

O coração bate, o estômago e o intestino contraem-se e do animal vivo, como fez Cannon, a dupla cadeia simpática, o sistema visceral fica completamente isolado do sistema nervoso central.

Os animais que sofrem estas operações continuam a gozar de saúde enquanto permanecem na sua gaiola. Mas não podem ter uma existência livre; na luta pela vida, já não podem chamar o coração, os pulmões e as glândulas em auxílio dos músculos, das garras e dos dentes.