Transições

É possível que na etapa inicial da doença de Alzheimer seja necessário alterar a rotina diária. Ainda que possa não tardar o momento em que o doente necessite cada vez mais de outras pessoas para o ajudarem em certas tarefas, é conveniente que continue a participar activamente nas decisões que tenham a ver com a sua vida.

Conduzir veículos: existem leis que exigem aos médicos que informem sobre as pessoas às quais foi diagnosticada a doença de Alzheimer, ou outra impeditiva de continuar a conduzir. Isto é feito para garantir a própria segurança e das outras pessoas. Se o doente continuasse a conduzir, poderia tornar-se um perigo. A opinião dos cuidadores, que observam qualquer alteração que ocorra na capacidade para conduzir antes que o próprio paciente se aperceba.

Responsabilidade em casa: é possível que a administração doméstica se torne cada vez mais difícil. Os trabalhos da cozinha e a toma de medicamentos, podem apresentar risco de segurança.

É possível, por exemplo, que o paciente se esqueça de apagar o fogão ou de tomar as doses diárias. Não obstante, talvez possa continuar a participar nas actividades domésticas com um mínimo de ajuda doutra pessoa. Alguns pacientes preferem que sejam os seus familiares ou amigos quem os ajude em certas tarefas, enquanto outros optam por contratar uma pessoa alheia à família. Talvez seja preciso mudar para outra casa, para simplificar o estilo de vida ou para estar mais próximo dos familiares e amigos. Só no caso de haver possibilidades financeiras.

É também possível que as obrigações de retirar as contas; ocupar-se dos seguros e pagar facturas torna-se mais difícil. É muito importante que um familiar ou amigo de confiança ajude nessas tarefas. Enquanto pode, deve outorgar poder notarial para que essa pessoa de confiança possa agir em seu nome, desde que impossibilitado de o fazer.

É conveniente que essa pessoa participe no processo tão rapidamente quanto possível, para que tenha tempo de aprender o que deve fazer.

Tal como conduzir um veículo, a administração da própria parte financeira é um sinal de independência. Talvez se torne difícil permitir que outra pessoa faça estas coisas na sua vez, mas não deve envergonhar-se de reconhecer que talvez necessite de ajuda. É possível que as pessoas que rodeiam o paciente se apercebam melhor e mais rapidamente de que precisa de ajuda.