Tratamento - I

Inibidores da colinesterasa: foram mostrados efeitos terapêuticos significativos com vários deles na doença de Alzheimer, indicando que são melhores agentes que os placebos, de forma consistente. No entanto, a doença continua a progredir apesar do tratamento, e a magnitude da eficácia média é modesta (um atraso de 2 a 7 meses no padrão progressivo da evolução). Com eles detectaram-se alterações globais cognitivas, de comportamento e funcionais.

Até agora não se realizaram estudos comparativos, cara a cara, entre estes agentes e as diferenças principais entre eles estão nos perfis de efeitos colaterais e na sua simplicidade de administração. Estão autorizados para o seu uso clínico, pela Food end Drog Administration (FDA) a tractina, o donepezil, a rivastigmina e a galantamina; (citados pela ordem de aparecimento no mercado)

A memantina é um antagonista na competição dos receptores NMDA (N-metil-D-aspartato) e actua unindo-se a eles no mesmo lugar que fisiologicamente o faz o magnésio, mas com maior afinidade. Isto bloqueia a entrada massiva de cálcio, que se produz nas células nervosas quando existe uma actividade excessiva de glutamato, que provoca a deslocação do magnésio.

A memantina foi aprovada já para uso clínico pela União Europeia e pela FDA dos Estados Unidos. A indicação aprovada actualmente, de maneira oficial nos casos moderados, graves e moderadamente graves (estádios 5, 6 e 7 da GDS – Global Deterioration Neale – de Reisberg), mas já estudos em marcha para conseguir a sua aprovação em casos ligeiros.

Mesmo assim, parece ser eficaz na demência vascular e poderá ter efeitos neuroprotectores, pelo que necessita ainda de mais estudos que o confirmem.

Selegilina e Vitamina E: Demonstraram a sua eficácia ao produzir um certo atraso na evolução da doença: tanto a vitamina E (em doses de mil unidades internacionais [UI] duas vezes por dia), mesmo assim atrasando a institucionalização dos pacientes.

A vitamina E é melhor tolerada que a selegilina. Nenhum destes dois agentes demonstrou produzir melhoras no plano cognitivo.

A prednisona e os estrogéneos, apesar de vários estudos epidemiológicos, sugeriram efeitos protectores frente ao desenvolvimento da doença de Alzheimer por parte dos esteróides e estrogéneos, e até agora, os ensaios clínicos levados a cabo para o comprovar, deram resultados negativos.