Tratamento - I

Selegilina e vitamina E – Demonstraram eficácia produzindo um certo atraso na evolução da doença, tanto a vitamina E (doses de 1000 unidades internacionais duas vezes ao dia), com a selegilina (doses de 5 mg duas vezes ao dia), atrasando mesmo assim a institucionalização dos pacientes.

Prednisona e estrogéneos – Apesar de que vários estudos epidemiológicos sugerem efeitos protectores face ao desenvolvimento da doença de Alzheimer por parte de esteróides e estrogéneos, até agora os ensaios clínicos, levados a cabo para o corroborarem, deram resultados negativos.

Anti-inflamatórios não esteróides – Um estudo prospectivo sobre sete mil pessoas com mais de 55 anos (das quais 300 desenvolveram a doença de Alzheimer durante um seguimento de 6 a 8 anos), demonstraram uma menor incidência – estatisticamente significativa – de doença de Alzheimer nos indivíduos com um período de tratamento acumulado, de dois ou mais anos, com anti-inflamatórios não esteróides.

Poderiam ter eficácia, neste sentido, especialmente os anti-inflamatórios não esteróides, com efeito inibidor da beta-secretasa.

Estatinas – Vários estudos epidemiológicos retrospectivos sugerem uma menor incidência (à volta de 70% menos em média) de doença de Alzheimer entre sujeitos que estavam a tomar estatinas como tratamento para controlar o seu colesterol. Daqui poderia deduzir-se também um efeito de a toma de estatinas sobre a progressão da doença de Alzheimer.

O mecanismo não está ainda claro, embora alguns estudos pareçam indicar que as estatinas estimulam a via da beta-secretasa para a excisão da proteína percursora de amilóide. Um estudo revelado na 54ª Reunião Anual da AAN (Academia Americana de Neurologia), de Abril 2002, realizado nu total de 2 500 sujeitos, vem corroborar uma associação estatisticamente significativa entre o tratamento com estatinas e uma menor incidência de doença d e Alzheimer.