Tratamento ou cura

Na actualidade estudam-se muitos medicamentos, a maioria deles com o propósito de aliviar os sintomas; não há cura.

Os medicamentos para a doença de Alzheimer no nível mais elevado para o seu estudo, estão catalogados na mesma categoria que os medicamentos para a Sida, o cancro ou outras doenças potencialmente mortais. Daí que só possam ser receitados ou por médicos neurologistas ou por psiquiatras.

Há apenas dois ou três medicamentos aprovados especificamente para a doença de Alzheimer e todos eles se destinam a aumentar a quantidade de acetilcolina no cérebro.

Os benefícios destes e doutros medicamentos que protegem o sistema colinérgico, estão ainda muito longe de ser notáveis, mas melhoram ligeiramente a função e capacidades mentais, em particular na fala e no reconhecimento de ideias, em aproximadamente metade dos pacientes com a doença de Alzheimer entre ligeira e moderada.

Dado que o processo inflamatório pode desempenhar um papel na doença de Alzheimer, estão a ser estudados vários medicamentos antiinflamatórios.

Os antiinflamatórios não esteróides, que incluem a aspirina e o ibuprofeno, estão sob vigilância apertada. Os corticosteróides são os medicamentos antiinflamatórios com maior frequência prescritos, mas o uso a longo prazo pode causar perda da memória e não parecem afectar as postaglandinas, substâncias que parecem ser factores no desenvolvimento da doença de Alzheimer e que os antiinflamatórios não esteróides tentam combater.

Parece que a terapia de substituição de estrogénios desacelera a progressão e inclusive previne a doença de Alzheimer, criando assim interesse noutras possíveis terapias hormonais. A Dihydroepiandrostona, uma hormona sexual que alcança o seu ponto máximo na juventude e diminui com a idade, mostrou algum benefício na memória nos estudos com animais.

A grande depressão que ocorre nas pessoas mais velhas, pode ser um sinal precoce da doença de Alzheimer; em tais casos, precede a doença dois anos ou menos.

Acredita-se que se pode tratar estas pessoas com antidepressivos e um desses medicamentos é empregado actualmente, na doença de Alzheimer.

Os antidepressivos, conhecidos como inibidores de reabsorção da serotonina selectiva, podem ser particularmente eficazes no alívio da depressão, irritabilidade e excitação associada à doença de Alzheimer. Estes e os sintomas mais severos, incluindo o comportamento verbal ou fisicamente agressivo, e o deambular, tratam-se tradicionalmente com medicamentos antipsicóticos, como o haloperidol e outros.