Demência de Lewy body

É um dos tipos mais comuns de demência progressiva. Esta demência geralmente ocorre, esporadicamente, em pessoas sem antecedentes médicos familiares desta doença. Contudo, ocasionalmente, foram reatados casos familiares, o que é muito pouco comum.

Nesta demência morrem células do córtex cerebral, ou capa exterior, e uma parte do cérebro médio, chamada substância negra. Muitas das células nervosas que permanecem na substância negra, contêm estruturas anormais chamadas Lewy body, que caracterizam a doença. Podem também aparecer no córtex cerebral.

Contêm uma proteína chamada alfa nucleína, que foi relacionada com a doença de Patkinson e vários outros transtornos. Os investigadores, que por vezes se referem a estes transtornos dum modo colectivo, como simecleinopatias, desconhecem ainda porque se acumula esta proteína dentro das células nervosas na demência de Lewy body.

Os sintomas desta demência assemelham-se, de muitas maneiras, aos da doença de Alzheimer, e incluem deterioração da memória, juízo defeituoso e confusão.

Contudo, a demência de Lewy body, tipicamente, também inclui alucinações visuais, sintomas parkinsonianos, tais como andar arrastando os pés e a manutenção duma postura rígida, assim como uma flutuação na severidade dos sintomas no dia-a-dia. Os pacientes com a demência Lewy body vivem uma média de 7 anos desde o início dos sintomas.

Não existe cura para esta demência e os tratamentos são dirigidos ao controlo dos sintomas parkinsonianos deste transtorno. Por vezes, os pacientes respondem de forma dramática ao tratamento pelos inibidores da colinesteraza, como os que se usam no tratamento da doença de Alzheimer. Alguns estudos indicam que os medicamentos neurolépticos, como a clozapina e a olanzapina, também podem reduzir os sintomas psíquicos desta doença.

Mas os medicamentos neurolépticos podem causar efeitos secundários e os doentes que tomam estes medicamentos devem ser observados com muita atenção.

Os Lewy body encontram-se, por vezes, em cérebros de pessoas com a doença de Parkinson e com a doença de Alzheimer. Estas coincidências podem indicar haver uma conexão entre a demência e estas outras causas de demência, ou que estas enfermidades coexistem na mesma pessoa.