Estados patológicos

Há três estados patológicos; agudo, subagudo e crónico. A cada um destes estados, corresponde uma variedade de tratamento verdadeiramente natural, sem necessidade de remédios.

• Doenças agudas ………………. Medicina expectante.
• Doenças subagudas …………… Medicina estimulante ou calmante
• Doenças crónicas ……………... Medicina provocadora

Há dentro do organismo de cada ser vivo um poder curativo natural, que é a força medicadora própria de substância viva protoplásmica.

O insigne professor Bouchard, de Paris, dizia muito justamente: é o organismo e não o micróbio que faz a doença.

O verdadeiro médico naturista deve usar a expectação, a estimulação e a provocação naqueles estados mórbidos.

Os médicos alopatas atacam com drogas os sintomas. O médico naturista não preceitua medicamento algum, e se o faz comete um erro, pois as substâncias químicas podem levar à morte quem faz dieta pura.

A doença está fora da ordem natural (Dastre), desde que se viva conforme o verdadeiro destino humano.

A terapêutica naturista domina toda a biologia. O organismo cura-se por si, desde que se coloque o doente em condições de reagir. As curas espontâneas são as melhores.

As doenças crónicas têm de passar pelo tipo subagudo para se tornarem agudas, com febre e inflamação, a fim de desaparecerem depois.

Pode levar anos, mas, desde que o organismo não se encontre sobrecarregado de muitos remédios, e o indivíduo não esteja completamente sem energia, a cura é possível.

O que, porém, mais custa a debelar são os efeitos das drogas químicas ou orgânicas usadas pelo homem, desde a pérfida vacina, tornada obrigatória por uma lei bárbara neste país que se diz livre, até ao mercúrio, o mais terrível dos venenos, que, para seu ludibrio, o médico faz tomar aos infelizes doentes.

A cura natural desperta todos os males antigos. Quem quer curar-se pelo naturismo necessita de ter coragem, porque, na mutação das substâncias orgânicas, há manifestações por vezes incómodas; velhos achaques que se diziam curados aparecem; antigos catarros voltam; furúnculos furam a pele; manifestam-se hemorróidas; sobrevêm sempre febres; rebentam pústulas; dores ferem; há salivações, enfraquecimentos, arrepios; tudo enfim reaparece para findar.

Estas crises, muito bem descritas por Priessmitz, são absolutamente necessárias para a cura.

Toda a gente sabe, que depois duma doença se fica mais forte, mais bem disposto, mais saudável. É porque a reacção benéfica das crises limpou o organismo de materiais que anormalizaram os tecidos.

Durante essas épocas críticas, o doente tem de ser sujeito às regras fisoterápicas, sob a direcção de quem compreenda o efeito curativo.

Deve procurar-se, nesses períodos, em vez de contrariar os sintomas, antes exacerbá-los, activá-los, para que a saúde venha.

Para se chegar da doença à saúde é absolutamente preciso subir, caindo por vezes, os degraus da escada, pelos quais se alcança o bem-estar. As crises são cada vez menores. Depura-se primeiro o ventre, depois o peito e por último a cabeça.