Depois do diagnóstico

Frequentemente, os médicos não dizem aos pacientes que estão afectados pela doença de Alzheimer. Os especialistas dizem que a progressão pode ser atrasada com o esforço intelectual, e maioria dos medicamentos a nível de investigação em ensaios, realizam-se nas etapas iniciais.

Se um paciente com a doença de Alzheimer expressa a necessidade de saber a verdade, deverá ser-lhe dita. Então, tanto o cuidador ou prestador de assistência como o paciente, poderão começar a abordar os assuntos desta doença incapacitante que podem ser controlados, como por exemplo o acesso a grupos (associações) de apoio e a medicamentos em investigação.

Os pacientes com a doença de Alzheimer mostram oscilações abruptas do estado de ânimo e podem tornar-se agressivos. Parte deste comportamento é causado por alterações químicas no cérebro. Mas, sem dúvida, também se podem atribuir à terrível e real experiência de perder o conhecimento e a compreensão da sua envolvência, causando o medo e a frustração, que já não pode expressar verbalmente. É importante que o prestador de cuidados controle o ambiente, mantendo as distracções e o ruído num mínimo e falando claramente, olhos nos olhos.

A maioria dos peritos recomenda que se fale lentamente com o paciente com a doença de Alzheimer, mas alguns prestadores de cuidados sugerem que os pacientes que sofrem desta doença respondem melhor a frases claras, pronunciadas rapidamente (dependendo sempre de cada paciente) e que podem recordar mais facilmente.

Os prestadores de cuidados devem manter uma atitude o mais neutra possível; muitos pacientes são extremamente sensíveis às emoções implícitas dos cuidadores e reagem negativamente a sinais de condescendência, ira e frustração.

Embora se preste bastante atenção às emoções negativas dos pacientes com a doença de Alzheimer, alguns deles tornam-se muito amáveis, retendo a capacidade para rir deles próprios, inclusive depois de terem desaparecido as suas capacidades da fala.

Alguns não parecem infelizes, mas num estado místico similar ao produzido pelo efeito duma droga, à medida que o passado e o futuro lhes escapa. A estimulação deste estado pode oferecer algum consolo ao cuidador.

Um estudo concluiu que a ansiedade e a frustração podem ser aliviados vendo filmes ou vídeos dos membros da família e eventos do passado do paciente. Os que sofrem da doença de Alzheimer podem tornar-se irritados, devendo voltar a tranquilizar-se e serem dirigidos para outras actividades.

Não existe uma personalidade única da doença de Alzheimer, da mesma forma que não existe uma personalidade humana única. Cada paciente deverá ser tratado como o indivíduo que continua a ser, mesmo depois do ser social ter desaparecido.

No tratamento nas etapas posteriores, o cuidador deve ter recursos para manter o paciente; a ajuda externa continua a ser essencial. É importante que os prestadores de assistência recebam orientação e apoio para eles próprios.